sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Portal da Educação Física!

Oi pessoal!

Tenho uma novidade super bacana!
O pessoal do Portal da Educação Física www.educacaofisica.com.br inseriu um blog meu lá no Portal.
Fiquei super animada e, ao mesmo tempo, um pouquinho nervosa.
Afinal é um site bastante visitado.
Aqui é como se estivesse na sala de casa contando coisas para vocês.
Lá é como subir num palco com microfone e falar estas mesmas coisas.

É diferente né?
De qualquer forma estou animada e espero poder contribuir com mais pessoas envolvidas com o ambiente de Pilates tornando-o mais construtivo.

Me visitem lá também!
Beijo, silvia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Dicas tácteis - o toque pessoal.

Oi pessoal!
Estes dias tenho sugerido bastante aos meus alunos que se dêem toques tácteis.

Esse moço ao lado está com as mãos no gradil costal (ou cesta torácica como sugeriu o mestre Brent Anderson na última Conferência Sul Americana da Polestar na Bahia) justamente fazendo o acompanhamento dos movimentos de suas costelas, seu afunilamento, durante a expiração.

É uma maneira muito rica de integrar-se ao próprio pulso. Sentir o ritmo respiratório e simplesmente acompanhá-lo ou experimentar variações.

Da mesma forma mãos nos quadris (dedos que entram mesmo na região flexora sentindo o afrouxamento desta musculatura quando flexionamos a a articulação coxo femural mantendo a coluna neutra) ; mãos no esterno e costelas durante a expiração com amaciamento do peito; mãos nas cristas ilíacas quando queremos "estreitar" a pelve ativando o transverso...

O auto toque proporciona gamas de sensações muito diversas da sensação do toque do instrutor.

Estimulem seus alunos a se tocarem, sentirem seu próprio pulso, seus movimentos mais sutis, suas protuberâncias ósseas. É muito enriquecedor.

Experimentem e me contem. Beijos a todos.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Guilherme.




















Guilherme é um aluno maravilhoso.
Tem uma escoliose bastante acentuada com um componente principal de rotação.
Quando chegou estava tentando escapar da cirurgia.
A última vez que foi ao ortopedista o dr. disse que o grau da escoliose dele estava intacto, não houve melhora.
Disse também que ele poderia ter problemas na coluna a partir dos 40 anos e que a cirurgia ainda era recomendada.

Uma frase do médico fez com que ele tomasse a decisão, já que os pais deixaram por sua conta a última palavra: "sua coluna é bastante móvel e com a cirurgia você irá perder parte desta mobilidade".

Guilherme se move em todos os planos com maestria.
Faz rotações, flexões nos planos sagital e frontal, melhorou muito a postura , perdeu peso, fortaleceu todo o corpo num período pouco maior que um ano.
Faz Pilates religiosamente duas vezes por semana.

E não está nem um pouco interessado, por enquanto, em perder todas essas possibilidades de movimento.

No final do mês vai para um programa de intercâmbio passar três meses na África do Sul.
Isso está bem mais perto que seus quarenta anos.

Vai lá Guilherme!!!

Um grande beijo da sua prô Silvia.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Decoaptar: relaxa e economiza energia.

É interessante as vezes como a prática do alongamento axial começa a nos proporcionar sensações que não necessariamente correspondem com as idéias que parecem lógicas em se falando de fisiologia muscular e biomecânica.

Por exemplo, imaginemos a cabeça pousada sobre atas e áxis e dois fios ao longo do pescoço, saindo da cabeça, igualmente tensionados, mantendo a cabeça aí em equilíbrio. Movemos então o pescoço tendo em mente que um dos fios começa a alongar, estender, permitindo que a cabeça vá cedendo para o outro lado. Desta forma, o fio do lado côncavo, ou seja, a musculatura vai afrouxando, relaxando.

Outro caso: quando estabilizamos o centro e trazemos uma perna flexionada (90º/90º) utilizando os flexores do quadril (basicamente ilio-psoas e reto femural), se não existe uma sobrecarga extra que não o próprio peso do membro, a idéia de decoaptar a cabeça do fêmur, promover o alongamento axial da articulação do quadril, leva a um afrouxamento da região e dos próprios flexores.
Novamente é como se os fios posteriores (musculatura isquiotibial e glútea) permitissem que a perna subisse e os fios anteriores (flexores do quadril) então, afrouxassem, relaxassem.

Estamos aproximando peças ósseas, contraindo músculos, gerando tensão para que isso possa acontecer. Mas o alongamento axial promove outras ações na articulação.

Parece que esta é a forma ideal de mover-se já que criamos movimento com espaço articular e com economia de energia, já que a contração é suavizada.
O que vocês pensam sobre isso? Um beijo, ótima semana, silvia.


sábado, 2 de fevereiro de 2008

Assoalho pélvico: sustentação e passagem.










Oi pessoal! Ainda com a idéia do assoalho pélvico em mente, é importante lembrarmos que o processo de contração e descontração desta região deve ganhar uma atenção especial.

Diferente de uma musculatura como a dorsal profunda, por exemplo, que fica ativa durante horas para nos manter eretos, a ativação do assoalho deve alternar momentos de contração e descontração completa.

Levemos em consideração que essa é uma região que possui 3 orifícios:
a uretra, o canal da bexiga
a vagina, o canal do útero
o ânus, canal do reto

Estamos falando de uma região que possui funções simultâneas de passagem e sustentação.

Desta forma é importante que a consciência sobre esta região permita a ativação (como o "eleve o ânus") e o completo relaxamento.

Prática: vamos imaginar uma possível orientação para a ponte (bridge).
Deitado no solo, pernas fexionadas, pés no solo na largura dos ísquios, sentindo o peso do corpo com suas três regiões de apoio no chão - cabeça, torácica e sacro.
Inspire deixando o ar entrar suavemente pelo nariz; inicie a expiração, aproximando os ísquios, elevando o ânus, trazendo o umbigo para cima e para dentro iniciando uma báscula da pelve e começando a rolar a coluna para cima, abrindo os quadris, projetando os joelhos para longe e tirando uma vértebra de cada vez do solo.
Quando estiver com o esterno, púbis e coxas alinhados, braços alongados no solo, inspire novamente e quando começar a expirar, amacie o peito/esterno e inicie a descida de uma vértebra de cada vez, sempre mantendo os ombros longe das orelhas, o pescoço macio e a nuca longa. Quando pousar o sacro no solo, sinta o peso da bacia retornando ao chão, a recuperação da curva lombar e relaxe completamente o assoalho pélvico, o ânus, toda a região, como se fosse uma flor abrindo.

Lembrem-se, é uma região que deve comportar tônus e flexibilidade, sustentar o peso dos órgãos contra a gravidade e permitir a passagem de um bebê.

Experimentem e me contem. Beijos, ótimo carnaval.
Obs. Imagens emprestadas do http://www.fitforfun.com.br/; idéias baseadas em Blandine Calais.
Minha foto
Sampa, SP, Brazil
Mulher, mãe, professora de Ed. Física, instrutora de Pilates, uma apaixonada pelo movimento: o meu, o seu, o de todos nós, o de todas as coisas..