terça-feira, 27 de outubro de 2009

Organizando a entrada na bola.

Oi pessoal! Este videozinho caseiro é para ensinar a entrada na bola quando queremos fazer uma extensão/flexão básica com pés na parede.
É um exercício excelente para os alunos começarem a se familiarizar com a bola.

Espero que apreciem! Beijo Silvia.


domingo, 25 de outubro de 2009

Ladder barrel + barra torre = opção para facilitar a mobilização da coluna

Oi pessoal!

Não sei se com vocês também acontece de, por vezes, o barrilzão ficar se sentindo meio deprimido, meio esquecido no canto.
Ah claro!
Para alongar MMII ou dar uma gostosa deitada em DV ele é sempre lembrado.
Mas na hora de colocá-lo na roda com os outros equipamentos... nem sempre ele é convidado.

Hoje quero compartilhar com vocês uma opção de trabalho bem interessante apresentada no curso Coluna Viva por Isabela Moody (Physio Pilates). Ela reuniu e sistematizou muito bem vários exercícios que corriam meio soltos nos estúdios, além de criar novidades e variações.

A idéia é fazer um casamento entre o Ladder Barrel e a barra torre do trapézio ou 1/2 trapézio. Apesar de grandão, o barril é uma equipamento fácil de arrastar.
Coloque-o próximo ao trapézio, de frente para a barra torre, de maneira que você possa alcançá-la facilmente.

Posição inicial para flexão/extensão e gatos:
Apoie os pés na escada do barril enquanto descarrega o peso da bacia no arco do barril.
Este apoio da bacia deve ser com a descarga de peso no triângulo cristas ilíacas e púbis. É preciso que, sem apoiar as mãos em nada, você possa se manter com o corpo erguido (tronco alto, abdome fora do barril). Não por muito tempo, mas que essa posição esteja clara.
A parte anterior das coxas também devem estar firmes no barril como se fossem raízes externas sobre a terra.
Posição definida, alcance as mãos na barra torre e, antes de inicar os movimentos da coluna, faça um pouco de elevação e depressão de escápulas (mantendo o tronco paralelo ao solo), para compreender que, a partir da depressão o braço estendido continua a querer se aproximar do tronco que se ergue(bastante ação do tríceps). É como se o tronco e o braço fosses hastes de um compasso que querem fechar ou abrir, mas sempre com resistência. Deixe sua axila ativa e seu pescoço longo e solto.

Lembre-se que a intenção não é empurrá-la mas receber dela suporte, assistência lembram-se da postagem das relação das barras do estúdio com os MMSS?).

Pode-se inspirar indo para a extensão mantendo firme o púbis no barril enquanto desliza o cóccix para dentro em direção a ele, ativando o assoalho pélvico. Desta forma o sacro ficará mais enraizado e permitirá que a coluna se espreguice com espaços entre as vértebras e sem sobrecarga excessiva para a musculatura global da lombar (mais trabalho de musculatura profunda, intervertebral).

Quando descer para a flexão, lembre-se de organizar seu centro mantendo uma relação entre as costelas e cristas ilíacas. Desta forma não haverá sensação de peso no estômago.

A partir desta movimentação inicial, comece a brincar: suba em extensão e mergulhe em flexão já subindo novamente em extensão como se fosse um golfinho.

Experimente também o movimento oposto: suba em flexão e desça fazendo a extensão da coluna. Lembre-se que a cabeça deve acompanhar o movimento como se fosse uma última (ou primeira) vértebra da coluna.

Mais uma sugestão na mesma situação são as flexões laterais. Ficam aí as imagens como sugestão.

Experimentem e tragam idéias para compartilharmos! Beijo, Silvia.




Ah! Essa postagem vai em homenagem a minha amiga Cintia (que conheci através daqui do blog) e que andava meio brigada com o barril! rsrsr

Pilates: a biomecânica a favor da qualidade de vida.

Oi pessoal!

Algum tempo atrás uma aluna perguntou se eu daria uma entrevista sobre Pilates para uma matéria para na revista chamada PO - Posto de Observação.
É uma publicação do Órgão Oficial de Brascombustíveis e não vende em bancas.

Eu fiquei muito contente com a matéria.
Durante a entrevista eu fui respondendo as perguntas da Elaine Paganatto de uma forma bem coloquial. Posteriormente ela transformou neste texto super bacana que, exceto por uma coisinha aqui, outra ali, faz uma boa síntese dos meus pensamentos em relação à técnica.

Cliquem sobre as imagens para que sejam ampliadas e vocês possam lêr.

Beijo grande, silvia.



sexta-feira, 16 de outubro de 2009

PASSA-SE MUITO MAIS QUE UM ESTÚDIO


Minha grande mestra Fafá Daltro passa seu estúdio em Salvador, Bahia.
Muito mais do que um estúdio é um centro de investigação de movimento!

OPORTUNIDADE ÚNICA!

Entre em contato com Fafá Daltro:

Rua Cônego José de Loreto nº 73 - Canela
Tels: (71) 3495-2624 / (71) 9256-3314 / (71) 3235-8131
www.corporepilates.com.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Alongamento eficaz de isquiotibiais: a theraband como dica.


Oi pessoal!

Aproveitei a aula com dois dos meus professores hoje para registrar uma dica bem bacana e útil que estamos utilizando. O objetivo é facilitar aos alunos a compreensão da manutenção da coluna neutra em situações de flexão de quadril, tanto em alongamentos estáticos quanto em exercícios dinâmicos.

Hoje eu vou compartilhar com vocês o caso do alongamento estático (ísquiotibiais e tensores da fáscia lata) e aproveitar para ensinar uma brincadeirinha de eutonia.

O Alongamento

1. Deitado em DD entre em contato com os três pontos de alinhamento de seu tronco no chão (crânio, torácica e sacro), coloque uma theraband num dos pés e, aos poucos, vá subindo a perna enquanto pensa em deixar o sacro/cóccix pesado no solo, amaciar a articulação anteriormente, cedendo, e reconhecer qual é o limite desta flexão (dado, justamente, pelo comprimento dos ísquiotibiais).
É importante que o apoio fique um pouco mais direcionado ao cóccix porque toda a tendência neste momento é que ocorra uma báscula posterior (retroversão pélvica) pelo encurtamento da musculatura e pela tentativa do corpo de escapar da dor (que é chatinha mesmo).
Desta forma devemos fixar um ponto de inserção muscular, no caso, os ísquios. Pensar em mandá-lo para baixo é uma boa estratégia já que sua tendência é subir.

2. Coloque as mãos mais altas na theraband de forma que você possa relaxar os braços mantendo apenas a garra das mãos ativa. É uma forma de dar uma relaxada nas articulações dos cotovelos e ombros bem como toda a musculatura dos braços.
Para os mais alongados flexionar os cotovelos mantendo escápulas e úmeros bem apoiados no solo com pescoço longo e ombros baixos pode ser uma boa opção.

3.Podemos dar, como instrutores, uma puxadinha na calça do aluno, bem na região dos ísquios, para baixo como se fôssemos amarrar uma estacazinha de camping do ísquio para o solo. Foi a Geórgia (physiopilates) que fez isso comigo a primeira vez e foi inesquecível.

4. Outra ação importante é procurar afrouxar completamente a região do quadril, a dobra entre a bacia e o fêmur, incentivando o ângulo desta articulação a ficar mais agudo. Lembre-se de pensar no fêmur cavando em sua cavidade de apoio, mandando o sacro para baixo (e não o contrário)


5. A dica que quero apresentar hoje é a da theraband que entra como um elemento transicional, assim como o paninho.
Ela será colocada ao redor da parte anterior da coxa, o mais baixo possível, justamente entre a bacia e o fêmur e será tracionada para longe e para baixo pelo professor.
Essa tração deixa muito clara a região que deve ser fixada e desperta a sensação da região articular coxo femoral.
Quando a theraband-dica é retirada a sensação continua presente (http://pilatespaco.blogspot.com/2007/11/paninhos.html).

6. Lembre-se de soltar a garganta, a língua dentro da boca, mantendo a lordose cervical. Respire suavemente e, pouco a pouco, tracione a theraband (dos pés) para aumentar o alongamento.

7. Depois que acabar de alongar os ísquiotibiais, uma possibilidade é deixar a perna ainda estendida cruzar um pouco sobre a outra para alongar tensor da fáscia lata. Mantenha firme no solo a bacia do lado da perna que é alongada para garantir a efetividade do alongamento.
Pense que ao mesmo tempo que o fêmur cruza sobre o outro, ele entra de volta em sua articulação cavando dentro do acetábulo.

A Brincadeirinha

1. Quando acabar esse alongamento todo, ceda a perna deixando que ela, ainda estendida, desça um pouco e, utilizando a theraband como assistência, brinque com a perna fazendo mini círculos, balançando de um lado para o outro e outros movimentos.
Encontre uma qualidade de máximo relaxamento muscular.
Quanto mais relaxada, desligada, estiver a musculatura maior será a lubrificação e mais gostosa a sensação encontrada na articulação.

2. Quando terminar desça a perna, solte no solo, desmaiada, e compare a sensação entre ela e a outra antes de iniciar todo o processo com a outra.

Ah! Sobre a perna da base, se fica estendida ou flexionada, a reposta de sempre: depende do conforto do aluno e de sua estrutura.
Estendida é para quem já tem um alongamento maior de iliopsoas e musculatura anterior da perna e consegue manter a bacia relativamente organizada com a outra perna em situação de alongamento.
Também para casos de coluna retificada.
Em pessoas com lordose acentuada, encurtamento grande de flexores do quadril, dobrar a perna da base ou, ao menos colocar a perna alongada sobre algo (uma meia-lua por exemplo) provavelmente é uma opção melhor.

Experimentem e me contem! Beijo, silvia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sugestão para rotações com molas.



Olá pessoal, desde que voltei da conferência tenho experimentado as rotações e oposições de cinturas e tentado inseri-las da forma mais natural possível nas séries já conhecidas de braços e pernas.
É incrível como, de fato, acontece uma organização rápida e natural por parte dos alunos nesses exercícios.
Além disso eles se empolgam, é até divertido!
Preciso pedir que parem antes de sairem rodando por aí!

Nas fotos ficam algumas sugestões com molas.
É importante, nesses dois casos, permitir que o cotovelo dobre bastante, afrouxando a pele de dentro e deixando que o olécrano se projete como se fosse o final do braço que pode ser pensado como iniciando desde a acrômio-clavicular ou mesmo desde o outro ombro (acrômio oposto).
Desta forma a mola e o antebraço formam uma só linha e a ponta do cotovelo guia rotação do tronco.

É uma sugestão que tem como objetivo maior estimulá-los a pesquisar e criar dentro do repertório conhecido.



Essa é uma outra idéia usando o Pilates Arc: partindo da extensão deitada no arco e quando subir (roll up) faz uma rotação do tronco associada à flexão lombar.



Criem, experimentem e me contem, beijos.

domingo, 11 de outubro de 2009

Relação Professor-Aluno


Como todos os escritos que compartilho neste blog, este também vem para que eu possa aprender cada vez mais.
De um capítulo do livro Eutonia: Educação do Corpo Para o Ser, de Berta Vishnivetz.

“A pessoa que participa das aulas de eutonia, segundo definição de Gerda Alexander, é considerada um aluno. Nunca é chamada de paciente, por mais grave ou comprometedor que seja seu estado.
O conceito de aluno define assim uma relação na qual o sujeito que aprende é considerado em sua possibilidade de crescer, criar, aprender, desenvolver-se. Ou seja, a ênfase recai sobre os aspectos maduros e livres de conflito.

Colocar a pessoa no papel de paciente é colocá-la em uma posição passiva e dependente, vendo-a como alguém que padece de alguma deficiência e não pode valer-se de seus próprios recursos. No conceito de paciente, se dá ênfase à deficiência da pessoa e não à sua capacidade criativa.

Essa relação professor-aluno se reporta a um processo de intercâmbio dinâmico e de aprendizagem recíproca. Não é o profissional o “dono do conhecimento”, mas é o aluno que, ao receber as instruções, realiza uma atividade de exploração com seu modo particular e próprio de atuar."

Apesar deste texto falar da relação professor aluno nas aulas de eutonia, eu acredito que é um assunto interessante que vale a pena trazer para reflexão também em relação ao ambiente de Pilates.

Beijo, Silvia.

sábado, 10 de outubro de 2009

Cintura escapular e braços: os anéis interno e externo




Faz algum tempo que ando rabiscando idéias no meu caderno, visitando Kapandji, Beziers, para fazer uma postagem sobre braços. O assunto é bem complexo.
A aula de Alexander Bohlander na Conferência me deu um empurrãozinho de coragem, porque ele nomeou uma estruturação de braços/cintura escapular que eu percebo e utilizo, mas quando vemos um bam-bam-bam nomeando dá uma firmeza maior pra gente compartilhar.

De qualquer forma o assunto será matéria prima para várias postagens .

Quando estamos em pé ou sentados sem utilizar os braços, ou mesmo quando trabalhamos com eles sem flexão de cotovelos, é interessante que possamos encontrar uma sensação de longo. Vamos pensar e experimentar esse longo.

Prática: inicie com os braços soltos ao lado do corpo como mangas de paletó pendurado na cadeira. Inspire suavemente pelo nariz e, enquanto expira, deixe que os braços subam pelas laterais, um pouco a frente do corpo. Imagine que seus braços são elevados de baixo para cima por água, como se fosse uma banheira que vai enchendo devagar e suspendendo os braços.
Enquanto seus braços sobem flutuantes, pesados, suas escápulas descem levadas para baixo pelo próprio peso do braço. Os ombros estão completamente macios.
A partir do crânio o pescoço forma uma grande pista de skate ou tobogã, se preferirem, que irá terminar nas mãos, pois “cada feixe do trapézio se prolonga em um feixe do deltóide” (Piret e Beziers)
Vamos deixar as mãos e os cotovelos relaxados.
Imagine que seu braço é um tubo.

Quando estendemos demais o braço travando os cotovelos, é como se apertássemos o tubo no meio (imagine a idéia num canudinho de refrigerante) impedindo o fluxo de energia e força de fluir por ele.
Quando chegar com os braços na altura dos ombros verifique novamente seu posicionamento um pouco a frente do corpo e a sensação da estrutura que pesa para baixo.

Imagine um olho no centro de cada palma de suas mãos, um olho em cada parte interna dos seus cotovelos e olhe com todos, inclusive os originais, para frente.
Pense que seus braços que bóiam na água têm um fio preso no olecrano (a ponta do seu cotovelo) e que o fio suspende levemente seus cotovelos por trás para que os olhos mirem para frente.
Essa posição, geralmente, leva à sensação de mobilização neural.
Se quiser enfatizá-la, inspire suavemente e, enquanto expira deixe que seu cotovelo empurre o olhos da parte anteiro para frente. O olécrano avança um pouco enquanto o úmero segue enraizado na glenóide, escápulas para baixo e a palma da mão suave para frente.

Relaxe um pouco e retome a posição. Agora, do dorso de sua mão direita, passando pelo antebraço, olécrano, todo seu braço, suas costas, escápulas abertas e tranqüilas, seu outro braço, até o dorso de sua mão esquerda forma-se uma grande casca ampla e suavemente arredondada.

Pela ponta dos seus dedos da mão esquerda, passando pela palma da mão, pele branca do antebraço, olho interno do cotovelo, braço, clavículas espaçosas e todo o mesmo percurso até a mão esquerda forma-se outra casca.

Conecte as duas cascas anterior e posterior pela ponta de seus dedos. Imagine todo o percurso formando este grande semicírculo, espaço nas costas e peito. Alongue a nuca, relaxe pescoço e mandíbula, línhgua solta dentro da boca. Mova suavemente o pescoço para os lados em gestos pequenos.

Respire e deixe toda a estrutura pesada para baixo.
Bohlander chamou essa parte anterior (supinadores, bíceps, peitoral) de anel interno e a parte posterior (pronadores, tríceps, serrátil, grande dorsal e rombóides) de anel externo.

Quando mantemos esta estrutura em mente e a trazemos para as mais diversas situações, fica mais fácil e claro organizar braços e cintura escapular.

O exercício das fotos lá de cima é o Hug a Tree feito na Reformer com resistência (uma mola amarela) com apenas um braço. O outro age como se tivesse a mesma resistência. Importante, nesse caso, será (além de posicionar-se adequadamente sobre os ísquios, coluna longa, etc) prestar atenção no posicionamento dos braços e na dinâmica dos anéis internos e externos. Abra e feche os braços pensando neles, nos espaços da frente e de trás do corpo, nos anéis. Mantenha-os presentes e suaves: as escápulas mantém o espaço entre elas quando os braços se abrem e as clavículas se mantém longas e livres enquanto os braços se aproximam. Imagine que na parte anterior do corpo os braços se originam na esterno-clavicular, daí os anéis.



Gosto de continuar a série fazendo a rotação do tronco. Fica aí a sugestão.
É delícia!

Experimentem e me contem. Beijo, silvia.

Novembro: Fly moon... Fly to Rio de Janeiro!

CARIOCAS: ATENÇÃO!
CURSO DE FLY NO RIO COM CLARA TRIGO!!
IMPERDÍVEL!

13 e 14 de novembro Info (71) 32618000
inscriçoes@physiopilates.com



Oi pessoal,

Recentemente Clara Trigo recebeu um e-mail de um fisioterapeuta e professor de Pilates contando que ele tinha adquirido a Revista Oficial de Pilates e entrado em contato com a matéria da fly.
Viu no currículum da Clara que ela era bailarina e contou que tinha uma aluna, também bailarina, que em 3 meses de aulas viu suas pernas excessivamente fortalecidas, fato que acabou atrapalhando um pouco seus movimentos no Ballet.
Ele contou que gostou muito da matéria e que ela o tinha ajudado muito.
Solicitou de Clara se ela poderia compartilhar uma séries de excícios específicos para o público de Dança e aonde ele poderia encontrar os exercícios.

Clara me autorizou a copiar sua resposta para o professor compartilhando seu conhecimento conosco!

"Oi Tiago,
que bom saber que eu pude te ajudar! é muito gratificante pra mim e
o seu contato é o melhor reconhecimento que eu poderia ter.
Mais do que te indicar uma série de exercícios a ser trabalhada, posso te ajudar a pensar nos parâmetros e necessidades do treinamento dela.
Só você, conhecendo sua cliente, vai avaliar quais os exercícios que melhor se adequam a esses parâmetros e atingem os objetivos que vocês estabeleceram juntos.
Se a força das pernas dela está atrapalhando os movimentos, provavelmente ela está hipertrofiando a musculatura mais superficial das pernas.
A hipertrofia realmente não favorece a leveza e agilidade que a bailarina precisa ter.
A força é uma combinação entre dois elementos: volume da fibra muscular + oordenação motora. Sabendo disso, vc pode criar estratégias de fortalecimento abusando dos desafios de coordenação e abrindo mão de carga e hipertrofia.
Sugiro que você trabalhe com ela exercícios de refinamento da coordenação motora, desafios de equilíbrio e pouca carga.
Com os desafios de equilíbrio que a Flymoon proporciona, você pode ajudá-la a recuperar a ativação da musculatura mais profunda e facilitar o relaxamento dos músculos maiores e mais superficiais.

Assim ela reequilibra a musculatura e recupera a amplitude e/ou agilidade que está diminuída.
Trabalhe com sutilezas.
Os resultados não se medem em volume de massa, mas são bem visíveis no movimento, na postura e também no dia-a-dia.
Por fim, te indico uma excelente profissional do Pilates, que também é a modelo das fotos da Flymoon, entende muito do meu trabalho e trabalha em SP - Silvia Gomes, caso você queira mais exercícios sobre a Flymoon.
Você também pode encontrá-la através do blog:
http://pilatespaco.blogspot.com/ que está cheio de dicas maravilhosas.
Espero ter ajudado! Estou à disposição para o que precisar.
Um forte abraço,

Clara Trigo."

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

6 Polestar International Conference


Olá pessoal!

A VI Conferência da Polestar em Salvador foi intrigante, desafiadora, estimulante entre outros adjetivos. Tivemos a oportunidade de vivenciar aulas com profissionais extremamente competentes, experientes e atualizados.
Competência e experiência são características usuais de toda equipe Polestar. A surpresa foi a atualização.
Na mesma maré que vem acontecendo mudanças gerais no mundo da atividade física como a entrada do Treinamento Funcional nas academias, o crescimento do Gyrokinesis e Gyrotonic, o Pilates Evolved vem apostando cada vez mais na integração de movimento.
O princípio, que aparece entre os seis da Polestar, ganha um novo fôlego: a capacidade de organizar-se é convidada a deixar um pouco de lado o ortogonal e fazer visitas mais frequentes ao espiral.
Claro que a mudança não aconteceu de uma hora para outra. Nada acontece assim.
Até as fisioterapeutas de minha equipe já vêm a algum tempo solicitando, nas recomendações dos programas dos alunos, trabalhos de oposição de movimento; o tema vem sendo motivo de discussão, vivências e idéias em reuniões de nosso grupo.
Esses elementos vêm sendo estudados, germinados, adubados por todos os cantos do planeta, mas na Conferência ele tomou corpo em aulas, workshops, palestras: conexões através de movimentos de oposição de cinturas, funcionalidade dos gestos, movimento orgânico.
Procurar levar o aluno a encontrar seu equilíbrio, sua organização, praticando o que ele precisa praticar com eficiência: andar, subir escadas, carregar sacolas, sentar horas na frente do computador, dirigir, manobrar... Os movimentos de suas funções cotidianas.
Para mim, pessoalmente, foi muito estimulante, regou minha massa cerebral e já me fez pensar, criar, experimentar novos elementos nas aulas.
Para muitos professores menos experientes nesse nosso caminho,entretanto, foi um pouco assustador.
Trouxe a sensação de que muitos elementos utilizados nas aulas e que são como um suporte, um chão do trabalho – por exemplo, os movimentos em decúbito dorsal com dissociação de MMII e MMSS – foram colocados na berlinda, tiveram sua eficiência colocada em cheque. Como se, subitamente, a integração de movimento atropelasse tudo que vinha sendo feito.

Mas não é assim.
No início de seu workshop Alastair Greethman perguntou como os professores ali presentes começavam suas aulas. A maioria respondeu em decúbito dorsal e justificou (BEM) sua opção.
Após sua aula, cujo título era “Esquerda e Direita Conecta o Centro”, ele nos perguntou apenas: será que precisamos começar sempre em DD?
Ou seja, nada está sendo desqualificado. O que vimos fazendo é excepcional.
Acredito, francamente, que em muitíssimos casos, a melhor coisa que podemos fazer para um aluno que chega desorganizado, com dores, sem nenhuma consciência de seu corpo É SIM deitá-lo no solo, para que seja acolhido por esse grande (o maior) fornecedor de feedbacks através de sua superfície de suporte estável, segura e fazê-lo simplesmente respirar e mover braços e pernas em movimentos ortogonais descobrindo que tem um centro, e que esse centro tem força, que tem coluna, e essa coluna tem zonas de alinhamento.
Isso é o básico e é fantástico.
São os primeiros passos em busca da conexão, da integração, da percepção do próprio corpo. A partir daí, podemos voar.
A validade e eficiência do que vem sendo feito não está sendo questionada. E nem poderia! Vemos os resultados de nosso trabalho diariamente nos relatos e postura de nossos alunos.
Apenas um novo e grande leque de opções está se abrindo.
É desafiador? Sim!
Exige estudo, experimentação, trabalho? Com certeza!
Mas é por isso que escolhemos Pilates. Para propor aos nossos alunos desafios possíveis em busca de uma nova organização de movimento, um novo ajuste aonde corpo e mente não se separam mais, é uma unidade de conexões de pele, músculos, ossos, fluidos, energias em movimento.

Desta vez, no entanto, os desafiados somos nós!
Hora de trabalhar, estudar, mergulhar nos equipamentos, explorar os acessórios, as instabilidades, as rotações, os unilaterais, os assimétricos!

Vamos trabalhando juntos e compartilhando idéias e conhecimentos!
Beijo grande, Silvia.
Minha foto
Sampa, SP, Brazil
Mulher, mãe, professora de Ed. Física, instrutora de Pilates, uma apaixonada pelo movimento: o meu, o seu, o de todos nós, o de todas as coisas..