quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um 2011 extenso... e intenso!

Que em 2011 a descoberta do prazer de cuidar de si e do outro ganhe espaço e flua do pessoal para o universal!

Que cada bicho, cada planta, cada criança, cada ser vivo, nos supreenda!

E que esta emoção nos faça querer participar, com nossos gestos, da construção de um mundo de relações cada vez mais amorosas.

Um grande abraço a todos que acompanham meu trabalho!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Leveza em forma de imagem em movimento...



Oi pessoal, estava buscando imagens para o post de congruência (aí abaixo) e tive a felicidade de cair no blog http://dospassosdabailarina.wordpress.com .

É um blog maravilhoso para quem gosta de dança e movimento.
Pesquei esse vídeo de lá e tenho o prazer de compartilhar com vocês.
Desfrutem..

Thought of You from Ryan J Woodward on Vimeo.

Beijo grande, Silvia.

Organizando o movimento através da busca de congruência articular.

Olá pessoal!

Mês passado tive a felicidade de participar de um curso excelente e que eu sempre quis fazer: o Coluna Avançada da Polestar, ministrado pelo Brent Anderson (o presidente desta instituição) e com o atencioso suporte, complementação e presença ativa da Taíra, a educadora da Physio que, geralmente, ministra o curso aqui no Brasil.

Foi excelente! Não apenas pelo conteúdo em si, exercícios, discussões, encontro e troca com outros educadores, mas por toda a filosofia que acompanha o trabalho do Brent e, consequentemente, da Polestar (setor de Educação da Physio Pilates).

Fiz diversas anotações na apostila, frases soltas, e fiquei me dando um tempo, digerindo, fazendo conexões com meus saberes, buscando outros materiais que me dessem suporte a tantas coisas que foram ditas, experienciadas e vivenciadas naqueles dois dias.

Entre as idéias uma que ficou insistentemente ziguezagueando na minha cabeça foi a da congruência articular. A congruência articular é o melhor encaixe que podemos proporcionar às nossas articulações seja em situação de repouso como deitados ou descansando, quanto em situações de movimento.

O questionamento pairava, num exemplo concreto, entre duas dicas que costumamos dar no estúdio e que, a principio, parecem ser opostas por estimularem diferentes ações e intenções de movimento. Vamos pensar no exemplo de um trabalho de pernas, o Feet in Straps, ou o Spring Leg Series.

Veremos frequentemente instrutores falando: “Mande a perna longe, risque as paredes, o teto” e, por outro lado, “Deixe o fêmur sinucar para dentro, pense no fêmur cavando na articulação”.


Um fato que já nos clareia a mente sobre as duas dicas e imagens, é o fato de que a lubrificação se dá pela ação combinada de compressão e descompressão das superficies que se articulam através da secreção de sinóvia (lubrax 4 do nosso corpo). Quanto maior a zona aonde isso ocorre maior e melhor a lubrificação. O movimento de delizamento articular também é importante espalhando a sinóvia como se untasse uma forma com óleo. A partir dessa idéia parece claro que, quanto maior a amplitude de movimento (ADM) dos nossos movimentos, maior será a qualidade de nossa lubrificação articular.

Por outro lado cabe associar essa idéia ao fato de que, a maior parte das lesões ocorre nos limites das amplitudes articulares. Trazendo ao desenvolvimento deste texto mais um comentário de Brent no curso coluna avançada: quanto maiores os músculos que entram em ação num determinado movimento, menor será a possibilidade de amplitude a ser alcançada.

Considerando que grande parte das pessoas que nos procuram são sedentárias, com histórico pobre de atividade física, seus músculos grandes, em geral, estarão encurtados. Lembrar que os músculos grandes são como grandes cabos ou tecidos elásticos que se inserem em pontos distantes gerando grandes alavancas. Desta forma sua entrada para a execução de grandes tarefas, sempre aumenta o risco de compensações, exigindo uma melhor consciência corporal para serem executados de maneira organizada.

Os musculos menores (também chamados locais) por sua vez, permitem uma acessibilidade mais efetiva a toda a articulação promovendo ganho de consciência corporal. Com uma melhor consciência sobre os locais aonde os movimentos acontecem (nas articulações), a entrada dos musculos grandes (também chamados globais) poderão ocorrer de maneira mais organizada, contribuindo no aumento da congruência articular.

A idéia é que a ação muscular, quando bem direcionada, tendo a resultante de força de seus vetores no centro das articulações, efetiva a compressão e consequente descompressão. Essa é a idéia do “cavar a articulação”, “sinucar o fêmur para dentro”. É a busca da congruência articular.

Estudos comprovam que quanto maior a carga sobre uma articulação (em situação de neutralidade) maior a sua rigidez . Desta forma o peso corporal e a gravidade, contribuem para a estabilidade e congruência articular.

Falando de nossa prática como instrutores, para promover no aluno a possibilidade de acessar sua melhor congruência nas diversas articulações, o que garantirá sua melhor saúde articular ao longo da vida é necessário proporcionar trabalhos diversificados.

Quando os alunos chegam até nós, geralmente vem em busca de orientação de movimento, em busca de uma postura mais organizada, de um ser corpo mais relaxado e confortável. Na maioria das vezes existem vários elementos em seu padrão motor que levam a contrações desnecessárias, compensações que geram tensão e muitas vezes dor.

Compensações, de maneira geral, são sinônimos de falta de congruência articular e falta de alongamento: os movimentos não estão acontecendo aonde deveriam acontecer e acabam arrastando outras partes do corpo de forma inadequada.

Desta forma é preciso, de certa forma, regredir, oferecer aos alunos experiências de movimento que permitam o despertar das sensações proprioceptivas, com movimentos com músculos menores em ação e menos risco de compensações. A partir daí, paulatinamente, aumentar os desafios para que haja uma reprogramação, uma novo processo de aprendizagem motora.

É preciso que os alunos compreendam que, mesmo nas grandes tarefas, a congruência deve estar presente através da sensação daonde o movimento ocorre. Desta forma otimizamos o gesto cotidiano livrando o corpo de compensações e dor.

É isso aí! O que vocês me dizem? Beijo grande, Silvia.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Isabela Silveira e Nuria Vives: para poucos!!

Oi pessoal!

Quero indicar dois eventos maravilhosos.

O primeiro é uma série de aulas com Isabela Silveira Moody, da equipe da Physio Pilates que trabalha com o Workshop Coluna Viva.

São aulas dinâmicas, com um repertório diferenciado do tradicional, com foco na mobilidade da coluna.
As aulas serão na Biotipo Pilates, Centro de Treinamento da Physio aqui em Sampa.





O outro é um curso mais longo com a parceira da Blandine-Calais , Núria Vives.

Um curso de Anatomia e Preparação ao Parto inacreditável. Oportunidade única considerando que elas, geralmente, só dãom esses cursos na Espanha!!

Serão 8 dias em fevereiro no Uruguai a preço super possível. As passagens para lá também andam muito acessíveis.

Informações pelo montevideo@santamonica.com.uy

Beijo grande, Silvia.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Alongamento organizado? Fique de olho na pelve!

Olá pessoal!

Este mês estive dando o curso de Pilates na Gestação em Porto Alegre para uma turma muito concentrada e motivada. Quando nos deparamos com grupos assim, o trabalho fica muito mais rico pois acontece uma troca efetiva de conhecimento.
Cheguei mais cedo na cidade e fui visitar o estúdio SC Pilates de Silvana e Carine que desenvolvem um trabalho excelente há cerca de 5 anos no centro de POA.
Enquanto conversávamos tive a oportunidade de ficar observando as professoras de sua equipe em ação e, sempre que tenho essa oportunidade, acabo tendo alguns insights produtivos.
A percepção que tive desta vez foi sobre que o instrutor pode focar o olhar na posição da bacia do aluno, como estratégia para facilitar a organização postural nos alongamentos plásticos.

Foi a partir daí que apareceu a idéia do post anterior sobre alongamento e organização. Recebi sete comentários e, a partir deles, desenvolvi este aqui. Vamos lá!

A idéia é, simplesmente, observar como está a pelve na posição escolhida e buscar sempre mantê-la alinhada, numa relação de neutralidade com a coluna.
Vamos ver o primeiro caso do slide show da postagem, anterior: estamos de frente para o barril, costas para a escada, uma perna firme no solo e o outro quadril flexionado com a perna apoiada à frente com joelho estendido para um alongamento de isquiotibiais. A intenção é afastar as inserções dos músculos ou seja, fazer uma oposição entre ísquios e tíbia. Neste caso, e sempre que a intenção for alongar, é importante que fixemos um ponto da inserção muscular enquanto procuramos afastar o outro. Vamos escolher o tronco como ponto fixo neste caso, mantendo a pelve neutra, para fixarmos o ísquio.
Imagine que a bacia/pelve está cheia d´água e você quer deixá-la em pé, como se os ísquios fossem (e são) sua base, sem derramar nenhuma gota d´água. A idéia de mandar o fêmur para dentro sempre ajuda, afinal, se o fêmur começar a projetar para frente arrastará a pelve (que arrastará o sacro-coluna) junto. Desta forma é uma boa opção solicitar ao aluno que “sinuque” para dentro para fixar a pelve aumentando a congruência articular.

Se o aluno não tem alongamento suficiente para alcançar a posição escolhida, a bacia, através da inserção muscular, é arrastada pelo músculo. Como temos a tendência de manter a cabeça numa posição neutra, vamos deduzir o que tende a acontecer com a coluna nesse arrastar: se o aluno está com a cabeça e cervical na vertical e a pelve em retroversão e elevada lateralmente, obviamente minha coluna esta numa posição bastante desorganizada e os discos sendo sobrecarregados enquanto a cabeça continua mantendo sua vertical.

A opção para organizar seria colocar a perna numa posição mais baixa do tamanho possível para o músculo ser alongado permitindo a oposição: no caso optamos pelo banquinho sob a perna da base.

Quando virarmos o corpo para fazer alongamento dos adutores, novamente devemos pensar em mandar o fêmur para dentro pois, mais uma vez , tentaremos manter a pelve bem colocada no ar, "em pé", com todo a água dentro dela. A grande tendência, pelo próprio encurtamento, é a pelve subir na direção da perna sendo arrastada pelos adutores derramando água.
Nesse caso vale estimular o aluno a trazer a pelve de volta para o lugar posicionando-a encaixada em cima da perna da base com os dois isquios alinhados.
Estimule ao aluno a relaxar o assoalho pélvico para deixar que sua musculatura alongue pois o isquio da perna que estamos alongando precisa se afastar do outro permitindo a subida da perna. Existe movimento na pelve, mas é um movimento interno dos ísquios que se afastam de forma sutil e gera na articulação sacro ilíaca, especialmente do lado que está sendo alongado, uma pressão suave (lembrar que estamos falando de uma cadeia fechada). Mas a idéia é que a pelve, como estrutura única, fique colocada no ar como se estivesse em pé, apoiada sobre uma mesa, ou banco, com ísquios (sitz bones) alinhados.

Procurem também estimular o aluno a manter a coluna alongada e neutra. A idéia de flexionar a coluna para frente, na intenção de alongar mais os ísquiotibiais, até pode promover esse efeito, mas por um caminho meio torto: eu flexiono todas as minhas vértebras para que uma puxe a outra e, finalmente, a ultima (L5-S1) puxe o sacro que, por sua articulação nos ilíacos, tracione a pelve que, por conseqüência, fará os ísquios irem mais para trás.....aff!

É mais eficaz, simplesmente, tracionar os ísquios para trás com uma suave e efetiva ação dos eretores espinhais que, nesse momento, tem toda a tendência à desistirem de sua ação (de garantir a coluna neutra, ou seja, manter a lordose lombar) permitindo a retificação. Desta forma a coluna neutra estará garantida, assim como o alongamento axial e manutenção dos discos espaçosos e livres de sobrecargas.

Sempre é possível associar movimentos, cadeias musculares, etc. Mas ter clara a consciência do que está sendo feito, qual o objetivo do exercício / postura é fundamental. Nos exercícios de alongamento plástico é preciso estar parado, respirando e, de preferência, encontrando um relaxamento para que o alongamento ocorra. Afinal qual era o objetivo mesmo: alongar isquiotibiais ou mobilizar a coluna em flexão?


Uma última colocação em relação aos comentários que recebi na postagem anterior sobre alongamento: o banquinho e os acessórios realmente ajudam muito, permitindo como que um prolongamento dos nossos membros. Se o aluno está deitado e queremos que ele mantenha a coluna neutra fazendo oposição entre isquios e tíbia mas, justamente os isquiotibiais estão encurtados não permitindo que o aluno fique numa posição relaxada, a tendência é que ele utilize os flexores do quadril para manter a posição. A theraband ou o flex entram como assistência proporcionando a chegada da a ação das mãos no membro inferior para que haja relaxamento.
No entanto se o alongamento do aluno for muito bom, mesmo no caso dos isquiotibiais no barril, a perna pode subir até o nariz sem que haja necessidade de banquinho ou acessório de qualquer espécie.

É isso aí, vamos alongar!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Alongamento: o que caracteriza a desorganização?

Olá pessoal!
Quero propor um desafio para que possamos treinar nosso olhar sob a organização de movimento.
Observem com calma esse slide show.
Ele apresenta 4 exercícios de alongamento de MMII em situações diversas: em pé, deitado, sentado.
Cada um deles aparece em duas versões, duas fotos semelhantes.
Quero que vocês me digam qual versão acham a mais adequada, se a primeira ou a segunda e por que.
Qual elemento caracteriza a desorganização?




terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pilates e os gordinhos: uma relação possível !

Olá pessoal!

Recebi o comentário abaixo de uma seguidora aqui do blog, a Claudia Moscardini. Foi um ótimo comentário porque coincidiu com algumas idéias que vem passeando na minha cabeça depois que adquiri o livro Abdominales sin Riesgo , da Blandine Calais (La Liebre de Marzo).

Oi silvia, voce trabalha com alunos(as) " gordinhos(as)"?
Em todos os meus estágios raríssimas pessoas estavam acima do peso...
No meu estúdio atendo bastante os over weigth...e constato a dificuldade em todos os exercícios,chego a pensar que pilates não "combina" com estes clientes. Help me?????


Desde sempre recebemos alunos gordos para as aulas de estúdio. A primeira coisa que devemos considerar é de que tipo de gordura estamos falando. Geralmente, encontramos dois tipos de depósito de gordura: subcutânea abdominal e tecido adiposo visceral. O primeiro diz respeito às pessoas que tem a gordura acumulada na pele, formando aquelas dobras grossas e o segundo são aquelas pessoas com o abdome inflado por dentro, a pele e musculatura abdominal tracionadas pelos órgão internos gordos, semelhante ao biotipo que apresenta a mulher que está gestando.

Vale lembrar que, em ambos os casos, estamos falando de tecido adiposo, órgão dinâmico que secreta vários fatores, denominados adipocinas. Eles estão relacionados, direta ou indiretamente, em processos que contribuem na aterosclerose, hipertensão arterial, resistência insulínica e diabetes tipo 2, dislipidemias, ou seja, representam o elo entre adiposidade, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. Na obesidade, os depósitos de gordura corporal estão aumentados, apresentando conseqüente elevação na expressão e secreção das adipocinas, proporcionalmente ao maior volume das células adiposas.
Em relação às aulas de Pilates haverá modificações importantes em ambos os casos.

Vamos pensar juntos:

No aluno com gordura subcutânea, sua sensação de movimento fica modificada em relação à propriocepção articular, que se depara com uma limitação de adm (amplitude de movimento) imposta pela própria gordura (sensação parecida com a de quando estamos em algum lugar muito frio e nos cobrimos de grossos casacos que nos impedem de dobrar como poderíamos sem esse entrave).
A sensação aferente dada pelo meio nas descargas de peso (sacro, trocânter, escápulas, ísquios) também fica alterada, visto que seus pontos de apoio estão “acolchoados” tirando a nitidez destas sensações, o que dificulta a importante clareza da posição inicial.

Para o professor o desafio também estará presente, já que a condução dos toques tácteis se dá, basicamente, pela colocação e direcionamento das mãos nos ossos e músculos (quando queremos sugerir mais ativação ou afrouxamento). Além disso o próprio olhar sobre o aluno terá de ser mais aguçado, já que seu esqueleto não estará tão visível devido à gordura.

Mas até aqui não estamos falando de nada que impossibilite a prática de Pilates. O fato de estar algo mais difícil não significa, em momento nenhum, nada que passe perto de desistirmos da prática. Teremos que, como instrutores, aguçar nosso olhar e estimular no aluno a busca de suas sensações diante de seu corpo como está. Afinal é com este ser corpo que ele convive neste momento e é através dele que se move e se posiciona em todas as suas funções cotidianas.
Vale encontrar sempre posições confortáveis e, na medida do possível, propor aulas dinâmicas e fluidas que contribuam, além da conscientização corporal e organização intrínsecas no método, com o aumento do gasto calórico.
Em relação ao aluno com sobrepeso relacionado a gordura visceral, além dos elementos já citados, é importante lembrar que sua musculatura abdominal está tracionada. Oblíquos e transverso tracionam suas aponeuroses que se encontram na linha alba, estimulando a diástase e, conseqüentemente, possíveis hérnias na linha média do abdome.
Estas hérnias se formam quando há saída de tecido
adiposo, ou de parte do peritôneo, através de um orifício enfraquecido na zona do tecido
conjuntivo, que se estende desde o tórax até à púbis e aonde se inserem os músculos rectos do abdómen, a denominada linha alba.
Desta forma quando vamos lidar com esse tipo de aluno os cuidados devem ser maiores. Nesse caso a limitação de movimento diz mais respeito à mobilidade do tronco (coluna, caixa torácica) que se encontra sobre grande pressão interna.
É importante sempre colocar o aluno em posições confortáveis (pode ser incômodo deitar em decúbito ventral por exemplo para extensões) e evitar trabalho abdominal intenso.

Minha sugestão é que a musculatura abdominal deve atuar, basicamente, em sua função estabilizadora e de conexão, mas não ter momentos da aula para seu fortalecimento específico. A aposta maior deve ser no reto abdominal (que tem sua colocação vertical e não tyraciona fáscias) garantindo a relação eficiente entre costelas e bacia, evitando a anteroversão da pelve.

O trabalho de mobilidade da coluna deve ser suave, com foco na musculatura profunda (por exemplo rotadores da coluna profundos e não rotadores do tronco – oblíquos). Cada vez que for realizado um movimento grande de rotação ou flexão estará havendo um grande tracionamento das fáscias e, consequentemente, da linha alba.

De maneira geral vale mais apenas apostar nos exercícios de dissociação de MMII e MMSS com estabilização da coluna para, mais uma vez, estimular, além da organização, algum gasto calórico. Costumo dizer que o Pilates emagrece mais pela mudança que os alunos experimentam na relação com seu corpo do que no gasto calórico propriamente dito, mas ele existe e deve ser incrementado com uma aula fluida e ativa.

É isso aí! O que vocês me contam de experiências com gordinhos?

Fontes:
Abdominales sin Riesgo, Blandine Calais-Germaisn, Editora La Liebre de Maroz, 2010 (incluindo imagens)
Gordura visceral, subcutânea ou intramuscular: onde está o problema?
Helen H.M. Hermsdorff; Josefina B.R. Monteiro
Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa – UFV, Viçosa, MG

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Chest Lift, Ab Curls, Flexão Torácica: dicas para correta execução deste clássico!

Oi pessoal, mais uma parte dos dvds, agora com a explicação sobre a correta execução das flexões torácicas.
É fundamental saber executá-las porque é o movimento de tirar a cabeça do solo, ou seja, o início de vários exercícios como roll-up, teaser, entre outros.
Aproveitem, abraço!

domingo, 24 de outubro de 2010

Do narizinho ao acrômio: nosso corpo tem nomes!


Olá pessoal!

Gostaria de convidá-los a pensar um pouco sobre a importância de ensinar / adquirir um novo vocabulário quando falamos em Pilates e no ganho de consciência corporal que ele promove.

Quando temos um evento que vai acontecer numa localidade que desconhecemos, vamos ao mapa para saber aonde vamos pisar. Descobrimos que o endereço está num continente, num país, numa cidade, num bairro, numa rua, num determinado número. Caso participemos, teremos a oportunidade de conhecer o aeroporto, passear pelas ruas e, com sorte e tempo, conhecer a padaria, a farmácia, etc.

Uma série de novas palavras entram em nossa mente quando aprendemos qualquer assunto novo – jardinagem, informática, windsurf - novas palavras, novos saberes.

Com a aula de Pilates não é diferente: somos instrutores, instruímos, guiamos um processo de conscientização corporal. É claro que, para que isso aconteça, nós precisaremos lançar mão de uma série de referências que o aluno precisará identificar.

Quem já não perguntou a um bebê: aonde está seu narizinho, e a boquinha, e a orelhinha.... Este é o início do processo de conscientização corporal. Quando um aluno opta por participar de aulas de Pilates ele dará continuidade a este processo.

É fundamental que possamos falar “sente sobre seus ísquios”, “mantenha uma relação entre seu esterno (com S) e seu púbis”, “apoie seu metatarso na barra de pés” e que sejamos compreendidos.

Obviamente, não é algo que se aprenda da noite para o dia, mas paulatinamente, aula após aula, assim como o desenvolver da consciência corporal. Nomes de músculos, ossos e articulações que farão parte importante do processo de conhecimento e controle sobre o próprio corpo.

No meu dia dia, particularmente, as referências mais importantes são as dos ossos e articulações. Tenho notado que chamar a atenção do aluno para o local aonde ocorre o movimento, suas articulações, promove uma organização rápida e eficiente do gesto.

Afinal, o que é estabilizar senão manter uma peça óssea parada enquanto a outra se move? Imagine a escápula e o úmero. Só vamos conseguir movimento se as partes que se articulam tomarem direções de movimento opostas. Se numa extensão de ombro , em que o úmero gira para frente, a escápula acompanhar, teremos o famoso ombro “enrolando para frente”. É preciso que a escápula deslize para baixo nas costelas, criando um movimento de direção oposta.

Só assim haverá lubrificação.

Se eu explico essa dinâmica para o aluno, uma, duas vezes, ficará muito mais fácil que ele compreenda e desenvolva um movimento limpo, livre de compensações.

Fazer um gesto e pedir que o aluno reproduza, é uma estratégia didática possível, mas não é a única. Se eu pedir ao aluno: "Ajoelhe sobre o trapézio, mande o topo de sua cabeça para o teto como se ela fosse um balão, criando espaço no seu pescoço. Coloque suas mãos sobre a barra torre, mantenha seus braços estendidos e longos, suas escápulas acopladas no gradil costal e muito espaço nas suas clavículas", isso exigirá dele muito mais pensamentos relativos ao seu corpo do que uma reprodução de movimento.

Obviamente também dará muito mais trabalho ao professor. É muito mais fácil ( e gostoso) ir até a máquina, fazer o movimento e pedir que o aluno imite.

Mas é fundamental lembrarmos que a nossa função é guiar o outro em sua descoberta. Quanto mais o aluno descobre partes de seu corpo através de sensações, movimentos, descargas de peso, mais familiarizado, consciente e seguros serão seus gestos.
Dar nomes às diversas partes do corpo, é como fincar bandeiras e tomar posse das diversas regiôes: "Eu te batizo: acrômio!"

O que vocês pensam sobre isso? Abraço!

domingo, 17 de outubro de 2010

II ASSEMBLÉIA E V ENCONTRO DA ABRAPI

Oi pessoal!

Dia 11/11, às 16:30, acontecerá a II Assembléia e V Encontro da Aliança Brasileira de Pilates.
Vai ser aqui em São Paulo!

Participe e venha conhecer de perto as propostas da Aliança: associe-se a essa entidade que defende os direitos de todos os instrutores de Pilates, independente da escola a qual esteja vinculado!
Vamos nos unir para nos fortalecer e falar a mesma língua!

Clique para saber mais sobre a Aliança!


LinkConheça a diretoria da ABRAPI

Presidente – Alice Becker
Vice-presidente financeiro – Maria Cristina Rossi Abrami
Vice- presidente administrativo – Elaine De Markondes
Diretor de Comunicação e Marketing – Silvia Gomes
Diretor Jurídico – Eduardo Fraga
Diretor Secretário – Roberta Bueno
Diretor de Associados – Ana Carolina Silva

Abraço, Silvia.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Curso em Portugal !

"Que ciência mais verdadeira que a das cousas sem ciência?
Fecho os olhos e a terra dura sobre que me deito
Tem uma realidade tão real que até as minhas costas sentem.
Não preciso de raciocínio onde tenho espáduas"

Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

Olá pessoal!

Há algum tempo atrás fiz uma enquete perguntando se, caso eu organizasse um curso em Portugal, haveria quórum.
Felizmente várias pessoas se candidataram.
Como tenho tido um bom acesso dos portugueses, acho que é tempo de concretizar essa idéia.
Gostaria de entrar em contato com o pessoal de Portugal para saber quem tem um Estúdio de Pilates disponível e estaria disposto a entrar nessa parceria para desenvolvermos o curso em 2011.
Podemos oferecer Pilates na Gestação ou Excelência na Atução do Instrutor.
Ambos são cursos de 14 horas, teórico-práticos, bastante intensos, apostilados e ministrados por mim.
Por gentileza, caso hajam interessados por favor deixem seus contatos ou enviem para silgomes@terra.com.br

Um abraço, Silvia.

sábado, 2 de outubro de 2010

O Passeio de Caiaque: Mobilização da Pelve e da Coluna

O exercício abaixo é muito interessante: mobiliza a coluna lombar, as articulações da pelve, relaxa o assoalho pélvico e, o mais interessante, os flexores do quadril ficam relaxados.
Muita pessoas duvidam disso e olhando, realmente parece que não.
Mas basta vocês experimentarem para sentir o poder que essa assistência das mãos segurando o flex proporciona para a organização da coluna.
Vale lembrar que não é apenas bom para a gestante mas para qualquer um.

A idéia é a seguinte, deixe os calcanhares fixos, coloque o flex nos pés segurando com braços longos. Não é necessario estender as pernas em nenhum momento.
Comece a balançar sua bacia deixando a coluna bem relaxada dando passos com seus ísquios para frente e depois para trás. Flexione seus braços conforme a necessidade para manter a coluna organizada.
Mande os ísquios para trás sentindo todo o fundo da sua pelve no solo.
Depois de algumas vezes, pare com a coluna bem neutra, ísquios afastados assim como púbis e cóccix.
Inspire suavemente pelo nariz e, enquanto expira, pense em aproximar esses pontos ósseos enquanto recolhe suavemente seu centro e espirala a coluna gentilmente.
Faça algumas vezes e finalize com uma extensão torácica mandando o esterno para o teto.

É isso aí!


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Movimento nas Articulações da Pelve: Exemplos Práticos

Oi pessoal!

O post Assoalho Pélvico: Músculos que movem articulações, fez tanto sucesso http://pilatespaco.blogspot.com/2010/08/assoalho-pelvico-musculos-que-movem.html que resolvi desenvolver um pouco mais o tema, pois não tem muita coisa sobre a prática desse assunto por aí exceto o famoso: "Segura o xixi!"

Eu tenho obtido um sucesso muito grande com os alunos, simplesmente por chamar a atenção deles em relação á mobilidade da pelve. Vamos ver alguns exemplos práticos.

Standing Leg Pump na Cadeira, variação Facing Side.


  • Sempre inicio pedindo ao aluno que faça o movimento algumas vezes e pergunto aonde está acontecendo o movimento.
  • Quando ele coloca sua atenção na articulação coxofemural, no quadril que trabalha dinamicamente, peço que imagine o funcionamento do gesto como de um cancela, o fêmur desce, cava em seu encaixe proximal no acetábulo, para que o joelho possa subir.
  • Peço que perceba que, enquanto a perna sobe, assistenciada pelo pedal, elevado o fêmur distalmente, o ísquio do mesmo lado abre se afastando do outro e ele, aluno, pode incentivar esse afastamento, deixar que ocorra.
  • Na descida, hora de fazer força, mantendo o espaço entre costelas e pelve longo, estimulo a iniciar o movimento pela aproximação dos íquios, como se o lado da perna da base, puxasse para si o que se afastou.
  • Depois do movimento estudado e estimulos dados, deixe o movimento fluir livremente, relaxando bem a articulação para que ela possa ser lubrificada.
Long Spring Series, Side Lying



  • Deitados em decúbito lateral, ( ver também: http://pilatespaco.blogspot.com/2010/08/decubito-lateral-o-ambiente-estranho.html) alongando bem o corpo no solo, apoio no trocânter e borda lateral da escápula ( e não sobre o acrômio), pernas um pouco a frente da linha do corpo empilhadas, Mande a pelve longe criando espaço na cintura que etá perto do solo, faça uma arco suave na região. Mola longa com alça no pé. A idéia é basicamente a mesma do exercício anterior.
  • Inicie com suave rotação externa, calcanhares juntos, costura interna da calça querendo aparecer para frente. Deixe a mola trazer a perna para cima, sentindo o deslizamento na articulação e o afrouxamento muscular na parte lateral superior, justo sobre a articulação.
  • Perceba como o ísquio se afasta do outro e deixe que isso aconteça. Observe a sutil mudança de pressão no sacro.
  • Solte o ar pela boca pensando que o ísquio de baixo traz o de cima para perto de si. O assoalho se eleva, o movimento reverbera pelo resto da perna e a traz para baixo num movimento “denso”, recheado das camadas musculares das mais profundas as mais superficiais, conforme for necessário. Veja o volume que novamente ocupa o espaço articular do quadril, na coxa agora aduzida.
  • Enquanto o ar entra, a perna desliza para longe criando espaço sempre, a musculatura adutora vai cedendo para que a perna suba e o ísquio é lançado para longe e, sutilmente, mas verdadeiramente se afasta do outro. O transverso superficial se alonga assim como os demais músculos do assoalho pélvico.
Veja na imagem da foto um “Jiu Jitsu bom” como diria a educadora Waneska da Physio, que pode ser utilizado para estimular essa sensação de decoaptação e espaço articular.
Depois de estudado, flua movimento!



É isso aí! Experimentem e me contem suas experiências com essas dicas: estou muito curiosa!
Beijos!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vídeo: orientando execução de uma ponte.

Oi pessoal, faz algum tempo venho postando no Youtube os dvds que gravei em pequenas partes.
Segue o trecho que apresenta a orientação da execução de uma ponte.

Beijo!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Hipercifose: por onde e como começar as extensões?

Olá pessoal!

Já conversamos aqui no blog sobre as extensões algumas vezes.
Já dissemos que a lombar e a cervical são lordoses e que desta forma elas tem um grande tendência a aumentar suas curvas com facilidade e, desta forma é preciso estabilizá-las para promover alongamento axial.
Dissemos também que a região da coluna, em geral, mais importante de ser mobilizada em extensão é a torácica.http://pilatespaco.blogspot.com/2009/03/garantindo-o-sucesso-das-extensoes-de.html
Conversamos que uma maneira bacana e fácil de garantir o sucesso das extensões torácicas é “neutralizando” a lombar, ou seja colocando-a numa situação de flexão ou que dificulte a entrada em extensão.
Exemplos disso são ficar de joelhos, colocar uma perna a frente, sair de uma negativa com a torácica, etc.
Muito bem, a idéia que gostaria de compartilhar com vocês hoje é a seguinte: quando temos alguém numa situação de hipercifose, o simples fato de tentar trazê-la para a neutra significa uma ação de extensão.

A cabeça projetada à frente, o aumento na curva cifótica já colocam a pessoa numa situação de negativa, à frente do eixo neutro. Se pensarmos em reorganizá-la fazendo extensões clássicas, provavelmente vamos gerar uma situação de extremo desconforto.

Imagine colocar uma pessoa com hipercifose em decúbito ventral para uma swan. O peito dela nem sequer chega no solo, seu esterno está “afundado” entre as costelas e suas clavículas entre os ombros. Temos uma concha para mobilizar.

Minha sugestão está muito associada a idéia da ampliação do olhar sobre a utilização dos exercícios do repertório.
Da mesma forma que o exercício mais difícil da aula para um aluno, pode ser o exercício de aquecimento para outro, o objetivo de um mesmo exercício, sua ênfase , pode mudar quando aplicado a diferentes alunos.

Em relação às extensões para pessoas com hipercifose vale lembrar que a respiração tridimensional é fundamental e deve ser explorada para mobilizar essa caixa torácica rígida; as extensões passivas também são muito bem vindas e as ativas também.
É é nesse ponto - as ativas - que entra a mudança de olhar do professor sob os exercícios.

Vamos abusar das cadeias fechadas para permitir que esse peito, essa clavículas, esse esterno tenham como vir para frente. Imagine dois braços firmes como pontos de apoio, os úmeros organizando e estabilizando as escápulas, geralmente abduzidas, permitindo que as inserções das costelas no esterno, as articulações esternos costais, cedam e permitam que esse peito ganhe espaço.

Exercícios como o Scooter ou Standing Hip Strech além de manterem seus objetivos de alongamento elastico de flexores do quadril, isquiotibiais, organização do movimento em pé, etc entram com um atento olhar do professor à sua possibilidade de ser um exercício de extensão torácica.

O professor deverá, então, incentivar essa ação / sensação :
  • Mantenha os braços firmes, peito à frente dos ombros, eleve o olhar, solte a garganta
  • Sinta seu peito abrir, as clavículas crescerem para fora, o esterno ganhar volume
  • Empurre seu coração e seus pulmões para as costelas da frente
  • Deixe sua coluna entrar para dentro do corpo empurrando seu peito para fora

Os exercícos de braços em cadeia aberta ou pseudo também são muito importantes, mas exigem mais consciência corporal para serem executados e, consequentemente , mais atenção do professor nas correções.
http://pilatespaco.blogspot.com/2009/05/as-extensoes-de-ombros-e-organizacao-da.html

É isso aí! Experimentem e vamos compartilhar os resultados, beijo!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CERTIFICAÇÃO DA PHYSIO PILATES - Ainda da tempo de começar este ano!

Oi pessoal!

Como vocês sabem eu sempre recomendo os cursos da Physio Pilates para certificação. Já falei aqui no blog sobre o Transição (http://pilatespaco.blogspot.com/2010/01/oi-pessoal-faz-algum-tempo-que-alugamos.html ), que é um curso para quem já tem uma certificação anterior mais breve.
Hoje quero estimular quem ainda não é certificado a conhecer o Híbrido, o curso completo da Physio.
O Curso Hybrido é ministrado em 08 etapas, são 149 horas de etapas.
O curso é voltado tanto para os profissionais de reabilitação, quanto para os profissionais da área de movimento.
São abordados exercícios para pós-reabilitação, condicionamento físico e reabilitação.
Os profissionais de reabilitação especializam-se em Rehab Pilates, e os profissionais de movimento especializam-se em Pilates em Estúdio. O Exame de Certificação é feito no programa no qual efetuou a especialização.
Os cursos de formação possuem reconhecimento internacional através da PMA (Pilates Method Alliance).

Olhem como funciona a carga horária prática (fora os módulos):

Pré-requisito: 50 horas (Rehab) ou 35 horas (Estúdio);
Observação: 31 horas;
Domínio Prático Individual: 50 horas;
Domínio Prático Supervisionado: 41 horas;
Prática de Ensino Individual: 50 horas;
Assistência: 50 horas.

É um curso completo, profundo e totalmente atualizado com as pesquisas científicas mais atuais.

Começa agora em 24 de setembro e restam poucas vagas! Aproveitem!

www.physiopilates.com
Educação:
(71) 3261-8000
0800-6068008*
E-mail para

Eu recomendo por experiência própria!
Beijo, Silvia.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Já na bancas: GUIA DE PILATES Nº 2

Oi pessoal, saiu o novo guia de Pilates!

Para quem não conhece é uma publicação algo mais sofisticada que a Revista Oficial, sendo ambas da mesma editora, a On Line.

São 130 páginas de Pilates com temas diversos: gestantes, exercícios avançados, hérnia de disco, crianças, etc.

Nossa contribuição, desta vez, foi com uma matéria sobre coluna neutra e a modelo foi a fisioeducadora Giovana.












segunda-feira, 6 de setembro de 2010

REVISTA OFICIAL DE PILATES nº5

Oi pessoal!

Saiu mais uma Revista Oficial de Pilates.
Está bacana, com uma matéria sobre a utilização do Spine Corrector, algumas opções para um trabalho mais aeróbico utilizando Plataforma Vibratória e Bosú, uma sobre Respiração, enfim: vale a pena adquirir.

Nossa contribuição deste mês foi uma matéria sobre Glúteos.

As pautas são sugeridas pela Revista e procuramos nos adaptar a elas da melhor forma possível, sempre procurando lembrar que o foco do trabalho de Pilates é a globalidade corporal e o gesto funcional e orgânico.

Nossa modelo foi a Sueli, fisioeducadora que já trabalha em nossa equipe há mais de 2 anos.
Valeu Sú! Arrasou!






quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PILATES EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ: Atuação do Instrutor

Oi pessoal!
Vou ministrar um curso de Pilates em Balneário.
Quem for seguidor e estiver por perto, venha participar!

Objetivo
: através do estudo e da prática orientada de uma série de exercícios do repertório de Pilates, compreender qual a ênfase de cada exercício e garantir que, através de toques tácteis, dicas verbais e imagens, o professor seja capaz de levar o aluno a vivenciar plenamente o objetivo proposto.

Data: 25 e 26 de setembro de 2010
Horário: 08 às 12:00 e das 14 às 18:00 (sábado)
08 às 13:00 (domingo)

Material didático: apostila

Conteúdo Programático:
  • Respiração tridimensional eficiente.
  • Ativação consciente do assoalho pélvico.
  • Alongamento axial efetivo.
  • Estudo das estabilizações da coluna neutra nos diversos decúbitos .
  • Estudo da mobilização da coluna em todos os planos (extensões, flexões, rotações).
  • Estudo das dissociações de MMII e MMSS bem como trabalho de força.
  • Circuito de exercícios praticando todos os elementos estudados como aluno e como professor.
Local de Realização e Informações: Original Studio Pilates. Rua 2950, 277, sala 02, Balneário Camboriú-SC.
Fones: (47) 33679015/96390005/99844683 e-mail: originalstudiopilates@hotmail.com/franihaas@hotmail.com

Ministrante: SILVIA GOMES, professora de Ed. Física pela UNICAMP, pós graduada em Biomecânica e Educação. Certificada pela Polestar (Physio Pilates), Atelier do Corpo, STOTT (Mat), cursos com Colleen Craig, Cristhine Rubi (PHI) e diversos outros cursos na área.
Ensina Pilates em estúdio desde 1998 e ministra diversos cursos desde 2002.
Acesse: www.silviagomes.com.br
pilatespaco@blogspot.com.br

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Assoalho pélvico: músculos que movem articulações.



Estes dias mergulhei no livro Pelvic Power de Eric Franklin. Aliás, todas as imagens desta postagem são extraídas de seu livro e as fotos são de uma aluna, a Eleonora, e foram feitsa no meu estúdio pelo Fabio Heizenreder.

Ler este autor hoje é tão importante na minha prática profissional quanto ler Blandine Calais.
Aliás, por falar na grande mestra, ela acaba de lançar um livro que saiu pela La Liebre de Marzo chamado Abdominales sin Riesgo (Abdominais Sem Risco).
Não é leitura fácil não...
“Mas por que Silvia?”, me perguntem!
Pelos questionamentos extremamente lógicos a que nos conduz: por um lado estimulantes, nos fazendo ver que vamos indo bem, nos direcionando cada vez mais para o funcional, para as oposições de cintura ( http://pilatespaco.blogspot.com/2009/10/6-polestar-international-conference.html ).
Mas, por outro, noz faz engolir em seco quando expõe com desenhos lindos e explicações coerentes, todos os possíveis efeitos e consequências que abdominais, dependendo da maneira como forem executados, podem exercer sobre assoalho pélvico, parede abdominal, e por aí vai.

Bem, voltando ao Pelvic Power, vamos estudar juntos alguns elementos que por si só, já tornam o encontro com os abdominais de Blandine mais deglutíveis.

A pelve é formada por uma série de articulações.
Fazendo fronteira com a pélvis, os quadris – articulação coxofemoral e a sacro ilíaca – um disco intervertebral (o famoso L5-S1) e duas facetas.
Dentro da pélvis, por assim dizer, encontramos as articulações com a sínfise púbica (SPB) de cada lado e com o sacro de cada lado
A sínfise púbica não é uma articulação verdadeira sendo formada de fibrocartilagem que não permite quase nada de movimento.
As articulações sacroilíacas (ASI) são juntas verdadeiras que possuem características específicas.
O lado do osso sacro é feito de cartilagem hialina típica de articulações flexíveis, enquanto o lado do ilíaco é coberto de fibrocartilagem, comumente encontrado em articulações rígidas. É uma articulação com duas faces: uma muito forte e estável e a outra sutilmente flexível.

Essas quatro articulações permitem que importantes movimentos sejam feitos no interior da pelve. As ASI e SPB são parceiras em uma cadeia fechada, o que significa que toda mudança de posição em uma das articulações promove efeitos nas demais.
A quinta articulação da pelve é a sacro coccígea entre sacro e o cóccix.

O cóccix pode se mover para frente e para trás ao redor desta articulação o que muda a tensão no assoalho pélvico. Existe também algum movimento entre as vértebras do cóccix
Com o avanço da idade o cóccix e a sacro coccígea podem se tornar calcificados. Isso pode ser evitado com o treino do assoalho pélvico.

Pelo foco da evolução, o assoalho pélvico é uma formação recente que acontece com a postura ereta. Para os quadrúpedes o assoalho do corpo é a parede abdominal e a parte frontal do tórax.
Para entendermos o desenvolvimento do assoalho devemos observar o desenvolvimento humano para a vertical.

Humanos e outros primatas iniciam como quadrúpedes cujas pernas se alongam horizontalmente para trás e, então, fazem a rotação de 90º. Desta forma o peso dos órgãos sai da parede abdominal e vai para a pélvis. Para que haja sustentação, a cauda, que antes era alongada e encompridava a coluna teve que encurtar e entrar para fechar o novo assoalho.

Muito bem!
Agora, como podemos nos aproveitar desse histórico de formação da pelve, bem como de suas articulações, na nossa prática de movimento?

Vamos pensar o seguinte: os músculos são feitos para mover nosso corpo, ou ainda mais especificamente, para mover articulações. Segundo Eric Franklin o corpo humano é extremamente econômico: onde não há necessidade de movimento entre ossos, não há músculos, mas tecido conectivo e ligamentos sem fibras contráteis.
Dentro da pelve temos vários músculos (http://pilatespaco.blogspot.com/2008/01/eleve-o-nus.html).
O movimento nas articulações pélvicas são pequenos e sutis. Devido a sua posição central, estes pequenos movimentos podem ter causar grandes efeitos – uma pequena mudança na pélvis pode significar uma grande mudança no pescoço, coluna ou pés.
Desta forma o assoalho pélvico deve ser fortalecido sutilmente e, de preferência, de maneira integrada.
Lembrem-se do que nos lembra Blandine Calais: o períneo é uma região pequena mas envolvida em funções múltiplas e complexas, desta forma não cabe insistir em treinos longos e demasiadamente focado.
Vale a pena desenvolver a consciência da pelve, através do despertar de suas articulações e, em seguida, promover movimentos a partir dela. Vale destacar que a pelve é o local do primeiro chacra (“our root, the earth on wich we stand”, frase de C. J. Young que significa, “nossa raiz, terra aonde nos apoiamos”), nossa fonte primária de energia.

Num próximo post desenvolverei mais elementos para tomada de consciência destas articulações. Hoje, aproveito para compartilhar duas imagens lindas de uma gestante em movimento, associando com os desenhos de expansão e recolhimento do assoalho pélvico.

Fica a sugestão de trabalho, tanto para gestantes quanto para qualquer pessoa.

A partir de uma boa estabilização em quadrupedia, mãos sob os ombros, braços longos, compasso braço tronco ativado, fêmur paralelo aos braços. Deslocar o peso para frente e para trás mantendo uma boa estabilização da coluna neutra. (http://pilatespaco.blogspot.com/2009/04/pratica-estabilizando-em-quadrupedia.html)

Quando vamos para trás, naturalmente ocorre um afastamento entre, ísquios, púbis e cóccix. É como se abríssemos esses pontos desabrochando uma flor e permitindo o alongamento da musculatura do assoalho (transverso superficial, pubococígeo, elevador do ânus, etc.)



No deslocamento para frente, os pontos se aproximam, a musculatura do assoalho ( e o transverso junto) contrai, temos a famosa báscula do coccix (ver também http://pilatespaco.blogspot.com/2009/08/bascula-do-coccix.html) e a coluna... neutra!
Estamos falando de estabilização dinâmica da coluna com descarga de peso em membros superiores e inferiores..
Ah! Mas qual era mesmo o foco do exercício ? Assoalho?
Está aí um claro exemplo de como colocar o trabalho de assoalho dentro do contexto das aulas.
Basta chamar a atenção do aluno para um movimento que já ocorre naturalmente, mas, desde que coloquemos a consciência nele, efetivamos e potencializamos o trabalho.



É isso aí! Experimentem e vamos compartilhar nossas sensações!

Bibliografia consultada: FRANKLIN, Eric, Pelvic Power, Elysian Editions; CALAIS Blandine, AbdoMinales sin Riesgo, La Liebre de Marzo e O Períneo Feminino e o Parto, Editora Manole.
Minha foto
Sampa, SP, Brazil
Mulher, mãe, professora de Ed. Física, instrutora de Pilates, uma apaixonada pelo movimento: o meu, o seu, o de todos nós, o de todas as coisas..